domingo, 22 de julho de 2012

o filme que ninguém viu

trago comigo o respirar dos dias
um céu traçado
pela torre
de uma igreja qualquer

trago na pele
o aroma do verão
despido de preconceitos

trago da rua
a serenidade de um piano
em jazz
a frescura
de um acordar em risos

trago a vida
em desenho traçado
sem esboço
um recanto de letras
que alguém escreveu

trago em meu ombro nu
uma banda sonora
inventada
um pedaço de tempo
e de espaço
de um filme
que ninguém viu

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