terça-feira, 14 de agosto de 2012

tua curva

a chuva
do entardecer
é morna
como o meu beijo
na tua curva

outono feito
em riscar
leve de unhas

corrente de saliva
que a língua
desenha
enquanto desce
desce, desce...

gota de chuva
nem quente
nem fria
que arrepia
e entrança
a tua pele
na minha mão

curva meu peito
a escorregar instantes
a soluçar o beijo
que as bocas não dão

Sem comentários: