sábado, 24 de agosto de 2013

temos nas mãos
as gotas de uma chuva
que não se perde
entre os ventos
da manhã salgada

o mar e a areia que pisamos
em voltas de ser corpo
não fogem com as marés


somos da noite
os habitantes secretos
e nada nos prende
há a liberdade de ser alguém
que o outro não espera

e o querer-te será normal, possível, tangível, sequer?
e se os dias já não forem os mesmos?
e se o teu colo não é o meu porto de abrigo?

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