remetes a minha existência
ao silêncio
como se não existisse realmente
e eu não sei quem és tu
não te sei
cravaste-me o beijo
fundo na alma
e quando saíste
levaste-me arrancado
o peito
caminho na noite
e, descalça
arranco feridas
aos meus escombros
não me queima já
a tua ausência
mas a garganta
não tem voz
e a morte,
essa infame
tomou-se de mim
e agora morrer
é não morrer
quinta-feira, 8 de junho de 2017
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