quinta-feira, 8 de junho de 2017

remetes a minha existência
ao silêncio
como se não existisse realmente

e eu não sei quem és tu
não te sei

cravaste-me o beijo
fundo na alma
e quando saíste
levaste-me arrancado
o peito

caminho na noite
e, descalça
arranco feridas
aos meus escombros

não me queima já
a tua ausência
mas a garganta
não tem voz
e a morte,
essa infame
tomou-se de mim

e agora morrer
é não morrer

Sem comentários: