nesta tarde de chuva
sonhei com o teu
beijo
as nossas mãos
agarradas à raiva
as bocas
descoladas
em direcção ao fogo
de ter a tua pele
numa que é a minha
e que te distingue
nas notas diferentes
a que soa o teu arfar
quis-te tão meu
quanto poderias ser
num cenário alagado
de nós
num amor que não o é
numa nudez a que pertence
este desejo
fomos chuva dançante
nas árvores
água na terra perdida
pelo chão
fomos este beijo
onde a chuva escondeu
a primavera
quinta-feira, 24 de abril de 2014
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