quarta-feira, 11 de abril de 2012

arrepio

a noite esconde-se
entre o respirar
da madrugada

o mar ao fundo
espelha o luar
numa calma ondeante
e perturbada

encosto-me a ti
serena
estremecida
expectante
curiosa

levo a minha mão
à tua boca
e roubo
o beijo procurado

o silêncio
é areia
e ondas salgadas

meu corpo
é todo o teu
num arrepio só
na luxúria nocturna
que não se pode escrever

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