quarta-feira, 25 de setembro de 2013

dos dias
que sobram
ao tempo
caem abismos

desdobra—se
o terror
em soluços
intermináveis

não chove
não se chora

teima—se em caminhar
contra o vento

rega—se a saudade
com lágrimas
de um adeus
que não chega

e a lua amarela
desta noite
sorri
debruçada no cinzento
da nuvem

atirou—me um beijo
de boa noite

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