segunda-feira, 9 de setembro de 2013

quase que juro

quase que posso jurar
que senti o teu calor
que adormeci
ao som
do teu respirar
sereno e azul

quase que posso jurar
que vi a tua mão na minha
que entrelaçamos
os dedos
quais tranças
de cabelos negros

quase que posso jurar
que te senti
dentro do meu corpo
e que em suor destemido
deixaste teu cheiro
nos meus lençois

mas foi certamente
um sonho
partida pregada
pela memória
distante
resquícios
do meu desejo
penas da minha
condenação

Sem comentários: