deixei-te
o corpo repousado
e saí em direcção
à noite e à chuva
tresloucada
enquanto as gotas frias
me queimavam a alma
gravavas o teu cheiro
no meu lençol
enquanto o chão
me rasgava os pés descalços
marcavas teu corpo
no meu colchão
chegaste despido
para acordar
o meu sossego
beber-me da pele
o azul
arrancar-me o grito
do cravar das unhas
para atirarmos aos deuses
o nosso céu
regressei
com glaciares arrepios
e ao teu acordar
siderado
respondi com
o beijo
que te derreteu
segunda-feira, 21 de maio de 2012
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