em azuis emprestados
o corpo a transpirar
cansaço
demora-lhe os lábios
no desejo sereno
de um despertar
molha-lhe as mãos
no suor vespertino
de um gemido
os dedos tacteiam
a humidade da pele
as bocas
que se buscam
já não existem
a carne devorada
desce aos infernos
da loucura
e resta a lua
indiscreta
essa que visitava
os amantes
esses corpos
danados de prazer

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