construo memórias
páginas de um livro
que guardo na escuridão
teço brinquedos
em formas de poesia
para guardar na luz
de uma folha qualquer
desenho passeios celestes
na rota de um mapa inventado
escrevo pedaços da terra
e da noite
e da chuva
para atirar ao mar
e espalhar na areia
e acordo num canto qualquer
no frio de um inverno rasgado
no calor de um sonho esbatido
e a vida que se esvai
ensanguentada
é aquela que o poeta não viu
quinta-feira, 9 de julho de 2009
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1 comentário:
Este é sem dúvida um dos meus preferidos.
Acho que se distingue dos outros pela místicidade que o acompanha.
A maneira como escreves este tem uma interpretação mais íntima de ti mesma.
As palavras acertadas levam-nos a um submundo da poesia.
Um simples gosto diz tudo minha madrinha linda!
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