guardo comigo o sufoco
da inexistência e da efemeridade
guardo comigo o silêncio
cantado aos ventos da loucura
guardo comigo o fogo
da manhã rubra de sol
guardo comigo a cor
da chuva fugidia de inverno
guardo comigo o mundo
que em mim caberia
se a alma toda me inundasse
se o despoletar de um abismo
em vapor me transformasse
e arderia o mundo inteiro
se o sol que me arde cá dentro
rebentasse
e guardo comigo esta impotência
contra mim própria
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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